Testemunhos

IRMÃ IRENE GUIA, aci

 

O que significam para si os Presentes Solidários?

Um instrumento caloroso que surpreende e muda corações e que acaba por tornar este mundo mais fraterno e mais justo. Une numa comunhão pouco comum quem ‘compra’ em nome de alguém que oferece sem saber a quem precisa mas não conhece.

Acompanhei mais de perto este ano e sei de vários jovens casais que compraram para os seus filhos bebés um presente solidário para lhes mostrarem quando puderem entender. Estas crianças não terão, sem esforço, uma compreensão diferente do que é o Natal?

Que impacto estes presentes vão ter no quotidiano das pessoas?

O que solicitamos foram cobertores e esteiras. O inverno é demasiado rigoroso e os abrigos onde estas famílias vivem demasiado ligeiros. Não conseguindo combater temperaturas que chegam aos -14º, estes cobertores e esteiras serão recebidos como aconchego mas também como sinais de que outros sabem o que padecem e que estão atentos ao seu sofrimento.

Irmã Irene Guia, aci – colabora com o Serviço Jesuíta aos Refugiados no Iraque (janeiro de 2017)


 

ALICE VIEIRA

 

O que significam para si os Presentes Solidários?

Significa sobretudo que podemos ser solidários com projectos concretos e que vamos acompanhando. Essa proximidade é muito importante.

Porquê comprar / oferecer um Presente Solidário?

Para já, é um presente original. E, num tempo de consumismo e correrias de loja em loja, sabemos que é um presente esperado, útil—e que dá a possibilidade de os nossos amigos também serem solidários.

Qual a reação das pessoas a quem oferece um Presente Solidário?

A maior parte dos meus amigos já espera este presente… E se me atraso, perguntam por ele. Como aconteceu este ano… Os meus quatro netos coleccionam todos os postais que recebem, desde que esta iniciativa começou, e também esperam pelo seu presente que eu faço sempre os possíveis por que tenha qualquer coisa a ver com eles…

Alice Vieira, janeiro de 2017


 

PADRE CARLOS SILVA

 

O que significam para si os Presentes Solidários?

Os Presentes Solidários são uma forma de «ir lá» para quem não tem a possibilidade de partir para longe e viver a alegria do Evangelho e da Vida com pessoas de outras paragens.

Porquê comprar / oferecer um Presente Solidário?

Os Presentes Solidários, ano após ano, apresentam propostas simples de promover a dignidade humana de quem passa necessidades materiais. Além disso (que já é muito bom!) dão-nos a perceber que o amor que Jesus nos envia a viver é possível e, muitas vezes, pouco complicado, exigindo-nos apenas a vontade e a decisão de nos darmos.

Qual a reação das pessoas a quem oferece um Presente Solidário?

Por vezes, a surpresa e o desconhecimento requerem explicações e releituras do postal… Muitas vezes, o destinatário do postal fica feliz. Algumas vezes, quem recebe um postal destes quer saber mais e torna-se mais um ofertante de Presentes Solidários. Receber um Presente Solidário é uma aventura!

Padre Carlos Silva, janeiro de 2017


 

ANA LAURA GUEDES

 

Tomei conhecimento dos Presentes Solidários há sete anos atrás, logo no início desta Campanha, pela FEC, à qual estava muito ligada pelo Voluntariado Missionário. Gostei da iniciativa da Campanha e, a partir daí, os meus presentes de Natal passaram a ser mais solidários.

Já é uma “tradição” para os meus familiares. Faz-se silêncio na hora em que cada um recebe o seu Presente, para se ouvir tudo o que nele vem escrito e os amigos ficam ansiosos por saber o que vão dar e a quem.

O que mais aprecio nesta campanha são as ideias de coisas simples e tão importantes para quem as recebe. Poderão parecer a muita gente sem interesse mas eu sei, por experiência própria, que não é preciso muito do que temos para fazer feliz alguém lá de longe. O que não valorizamos porque temos à mão, para eles, além de novidade, terá a máxima utilidade.

Além disso, a certeza de que as coisas chegam aos seus destinatários, motiva-me a continuar e a entusiasmar outros a aderirem à Campanha.

Também gosto muito das imagens que cada postal traz! Parabéns à ilustradora!

Ana Laura Guedes, Janeiro 2014